Talvez te ame noutra dimensão.
Talvez seja amor. Talvez, finalmente, tenha nome. E talvez isso nem sequer
interesse.
Só me pertences nos sonhos e é só
neles que me devolves a luz do teu olhar cúmplice.
Há um pranto sibilante nas
palavras que te digo e no entanto rio. Rio e foz e água cristalina que me
serpenteia de ilusão e sombreia o verdecer de cada hora em que não chegas. Em
que não estás, mas habitas as janelas ínvias e inclinadas de um desejo. De um
beijo por acontecer.
Talvez seja amor, porque quando
te sinto ausente em parte incerta, numa geografia abstracta, talvez no lugar
das auroras: tudo tarda em mim e no entanto lá fora – nem sequer entardece.
Talvez seja amor. E talvez isso nem te interesse.
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