sexta-feira, 7 de junho de 2013

Não sei porque te escrevo


Escrevo-te daqui do meu silêncio

….e nem sei bem porque o faço

Não sei porque te escrevo

Escrevo-te

Como gotejar de nuvem na ponta dos meus dedos,

Prenúncio de monção na minha alma

Escrevo-te

Para te dizer que cada aresta da calçada

me segue, nos rastos do passado

 

E assim viro, em fuga, a esquina do tempo

 

Escrevo-te daqui, do avesso de mim

para te dizer que a tua pele,

 é um pássaro azul, raro e único

que voa sobre mim,

orvalhando as azáleas plantadas nas margens

dos meus medos.

 

É por isto que te escrevo – talvez.

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