Era como se á minha frente tivesse um
qualquer vulcão em erupção, ladeado por um enorme arvoredo fresco – havia depois
a linha do horizonte em forma de parede branca.
Abriu-me os braços. Fechei os olhos.
Senti o irresistível apelo da pele. Inebriada. Caminhei pela floresta fresca
ladeando a lava. Imbui-me de aromas, cores e sentidos e desviei os olhos: não
quis saber das formas. As vestes iam ficando espalhadas, para trás, num plano
inclinado, talvez outro plano.
Depois senti-me nua. E foi este o
primeiro dia em que finalmente me senti nua. Notava-se isso no meu enorme
sorriso, inteiro, desta vez inteiro, que me adornou o rosto por todas as horas
de sol escaldante.
Depois foi só tomar o caminho do mar e
da espuma. E morrer cinco vezes, sabendo que só sete vidas tinha. E depois foi
nascer.
Ah, sabes que eu sei que um dia ainda
hei-de morrer sete vezes contigo. E renascer outras tantas, num ciclo
infindável de amor, sede, amor, sede.
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