Todos os mares me levam ao leito
desse rio. Todas as chuvas me dizem que nunca viveremos num país deserto. Todas
as ondas da vida me elevam ao cume do teu beijo e ao supremo sabor da tua pele.
Todos os mundos se afastam para que façamos amor no limbo das fronteiras.
Todos os universos nos enviam flores – brancas- porque sabem e conhecem da
pureza ofuscante deste amor. Todas as mãos me indicam a polpa dos teus dedos,
todas as palavras me ditam o poema onde tu nasces e o texto onde tu vives. Todas
as coisas do mundo são coisas de ti. Em todos os textos que escrevo és tu que
estás, és tu que existes, és tu. Eu, escriba alojada no teu peito à mercê da
chuva de palavras que me alisam a saudade. Tudo, tudo acontece por ti, tudo te acontece
por dentro. Tudo acontece por dentro de ti. Hoje, aqui. Sempre, aqui. Aqui. Sempre hoje.
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