quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Acordei, porque era urgente
Esta noite acordei de madrugada e sentei-me a escrever.
Esta noite acordei de madrugada porque era urgente escrever-te para te dizer que nunca sais de mim, para dizer-te que mesmo quando não te quero encontrar, te encontro sempre esquecido num recanto do meu corpo.
Esta noite acordei para escrever-te. Para dizer-te que mal posso esperar pelo momento em que a minha boca chegará ao encontro marcado - com a tua. Que mal posso esperar para escorregar na tua pele até ao abismo dos momentos que não se conseguem descrever.
Hoje acordei. Era talvez ainda madrugada e precisava de te escrever que sim. Que sim que és o sinal mais de toda a minha existência, a tampa certa na ebulição da minha vida, o caminho para o céu, o terraço para o mar. És o eterno sabor da minha boca e o cheiro sublime que jorra, fresco, dos meus poros.
Hoje acordei de madrugada porque era urgente dizer-te que não consigo dormir com a tua ausência, que nada enche os teus silêncios, não há sol que disfarce a tua sombra, nem substitutos para as memórias das nossas odisseias dos sentidos.
Acordei e pensei que era tão urgente vir escrever-te. Era ainda madrugada, eu sei, mas tu sentiste. Desinquietei-te desse sono muitas vezes acordado de mim.
Esta noite acordei de madrugada e sentei-me a escrever, porque era urgente. Urgente dizer-te que és a minha maior certeza. A luz das minhas noites escuras. A estrela que ilumina o meu caminho. Urgente dizer-te, como já te disse, que me devolveste a vida. A vida que não tinha.
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