Quantos disparos de luz preciso
Para, em modo lento,
em fotossíntese simples
passar do abraço terno,
ao beijo da rendição – fim da sede
Quantos segundos demoro- ainda-
a incendiar o frio?
Quantas grosas de saliva preciso
para excitar as palavras que adormecem
-ébrias,
obscenas,
angulosas,
dúbias-
no gume das minhas madrugadas?
Quanto tempo demoro-agora- a entrar em mim
depois de escrever este poema?
os
algures no século XX
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