sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Falta



Sinto-te a falta em todas as esquinas. És a nota de baunilha e âmbar que falta no cheiro da terra molhada. O toque de menta ausente, no cheiro da relva cortada.
Falta. Sinto-te a falta. Pego na ponta das horas em que não te tenho e estendo-as ao sol num país em que as noites são pequenas.
E assim encolho a tua ausência.

Sei que depois, me entrarás pelas manhãs, enquanto sacudo ainda o orvalho que a noite me deixou nos ombros e, numa única palavra, atirarás o meu mundo pelo teu universo adentro.

Sinto-te a falta, mas sei que estás aqui porque vivemos de mãos dadas na  distância paralela dos sentidos.

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