quinta-feira, 11 de julho de 2013

Aqui. Sempre hoje

Todos os mares me levam ao leito desse rio. Todas as chuvas me dizem que nunca viveremos num país deserto. Todas as ondas da vida me elevam ao cume do teu beijo e ao supremo sabor da tua pele. Todos os mundos se afastam para que façamos amor no limbo das fronteiras. Todos os universos nos enviam flores – brancas- porque sabem e conhecem da pureza ofuscante deste amor. Todas as mãos me indicam a polpa dos teus dedos, todas as palavras me ditam o poema onde tu nasces e o texto onde tu vives. Todas as coisas do mundo são coisas de ti. Em todos os textos que escrevo és tu que estás, és tu que existes, és tu. Eu, escriba alojada no teu peito à mercê da chuva de palavras que me alisam a saudade. Tudo, tudo acontece por ti, tudo te acontece por dentro. Tudo acontece por dentro de ti. Hoje, aqui. Sempre, aqui. Aqui. Sempre hoje.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.